1 de Outubro, 2025

Participação do Txeka no Progrma Casa Cheia – STV

by Fernanda Lobato

A liberdade de escolha das mulheres em relação à maternidade é um pilar fundamental da autonomia feminina e da dignidade humana.

Historicamente, a sociedade impôs a maternidade como um destino inevitável para as mulheres, atrelando seu valor à capacidade de reproduzir e cuidar da família. Contudo, avanços sociais e legislativos, especialmente nos últimos 100 anos, têm desconstruído esse estereótipo, permitindo que as aspirações femininas ganhem voz.

A maternidade compulsória, termo que descreve a pressão social, cultural e institucional para que mulheres se tornem mães independentemente de sua vontade, ainda é uma realidade, gerando culpa e pressão emocional para aquelas que não desejam ter filhos.

A mulher não ter filhos num sistema patriarcal pode ser visto como um desafio às normas sociais que valorizam a reprodução feminina para a perpetuação da linhagem e da riqueza masculina.

O patriarcado é um sistema social em que os homens detêm o poder primário e as funções de liderança, autoridade moral, privilégio social e controle das propriedades. No domínio familiar, o pai (ou figura paterna) mantém a autoridade e a responsabilidade sobre as mulheres e as crianças.

A questão do patriarcado e a mulher não ter filhos está intrinsecamente ligada às expectativas sociais e aos papéis de género impostos por este sistema. Numa sociedade patriarcal, a mulher é frequentemente vista como reprodutora de herdeiros e de força de trabalho, e a sua sexualidade é controlada para garantir a paternidade masculina.

A ausência de filhos pode, portanto, desafiar as normas patriarcais que valorizam a reprodução feminina como um meio de perpetuar a linhagem.

Tema : Escolher não Ter Flhos: Egoísmo, Trauma ou Liberdade?

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