A inclusão das mulheres nos espaços de tomada de decisão nas listas de candidatura ainda é muito fraca, derivado de desafios que enfrenta, desde as barreiras ao nível familiar, comunitário e institucional para aceder ao espaço político. o sistema patriarcal tem colocado obstáculos para a participação política e o exercício pleno da cidadania das mulheres ,impedindo que elas possam ter as mesmas oportunidades como os homens na esfera política e social.
Por exemplo, a fraca escolaridade leva as mulheres a terem baixa auto-estima e não se pronunciarem publicamente, atitude encorajada pelas regras de comportamento tradicionais.
Assim, a questão da consciência cidadã não está muito presente nas mulheres e raparigas, porque falta o conhecimento sobre os direitos e deveres e sobre o seu papel como agente de mudança no seu contexto social e político. Para além disso, esta questão de acesso as oportunidades que as colocam distantes dos processo de desenvolvimento do pais.
Nas últimas eleições autárquicas que se realizaram em 2018, foi possível constata que apenas 6 mulheres conseguiram assumir os cargos de liderança dos conselhos autárquicos, num universo de 53 municípios. Um cenário inadmissível considerando que as mulheres representam a maior percentagem da população nacional.
Por isso, precisamos mudar este cenário, de modo que as questões de igualdadede género sejam efectivas, pois Moçambique adoptou mecanismos e instrumentos de promoção deigualdade de género.
Os partidos políticos devem rever a forma como elaboram as suas listas de candidaturas de modo que as mulheres possam estar no parlamento, na Assembleia da Republica assim como nas Assembleias Provinciais.
Que os manifestos eleitorais dos partidos espelhem as demandas das mulheres e que estad sejam observadas pelo partido que vencerá as eleições.